O hotel que nunca foi hotel ou quando Estado e Judiciário se unem para promover o apartheid urbano

O hotel que nunca foi hotel ou quando Estado e Judiciário se unem para promover o apartheid urbano

foto do site http://www.edificiosabandonados.com.br/

Nesta semana, a cidade de São Paulo viu pela enésima vez o seu centro transformar-se em praça de guerra. Guerra de um só lado, como os grandes exércitos que pelo mundo massacram populações indefesas. Nosso exército é a PM, mandando bombas e balas de borracha em mães com bebês no colo, crianças em cadeira de rodas, idosos. Esses são nossos grandes criminosos, contra os quais o Estado mobiliza forças surpreendentemente numerosas e “eficazes” se compararmos ao flagrante fiasco desses mesmos “agentes da lei” na política de segurança pública e no combate o crime comum.

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O nem tão polêmico Parque Augusta

O nem tão polêmico Parque Augusta

Do que venho acompanhando até aqui, tenho a impressão de que o “impasse”, se é que há, sobre o Parque Augusta, não tem muita razão de ser. A situação “ideal”, para a cidade, seria evidentemente que aquela área de mata original pudesse ser integrada em sua totalidade como um novo parque. É aliás o que diz o decreto de criação do Parque Augusta. Entretanto, o parque está em uma área privada. Como resolver a questão? 

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Maluf, o Minhocão e a gentrificação

Maluf, o Minhocão e a gentrificação

Crédito da foto: Fernando Stankuns (clique aqui)

O nefasto elevado Costa e Silva teve um perverso efeito positivo, dentre todos seus aspectos negativos. Ao degradar o entorno, matar a rua, condenar os vizinhos a respirar toneladas de gás carbônico por anos a fio, o Minhocão desvalorizou tanto os prédios em sua orla que, com isso, permitiu que uma população de baixa renda tivesse condições de alugar ou até mesmo comprar, e assim morar no centro. As soluções para sua desativação não podem esquecer-se disso.

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A USP não é problema, é solução!

A USP não é problema, é solução!

Até agora, dia 22 as 15:30, este artigo teve 36.500 acessos (mais os compartilhamentos, o Blog do Nassif e o Brasil Post)! Gostaria de agradecer o gesto de todos que se dispuseram a lê-lo, embora fosse longo. O que deveria ser motivo de comemoração na verdade é de certa consternação, pois seria muito melhor não ter tantos acessos mas não ter que ter escrito tal texto! Por outro lado, a repentina e fugaz notoriedade deste blog mostra o quanto a crise nas universidades paulistas é grave. Esperemos que tudo isto ajude a mudar a imagem que se faz delas. Muito obrigado a todos. E como publicidade, lembro que é possível registrar, acima à esquerda, seu mail, caso queira receber notificação das publicações do blog.

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Minha caminhada com o mestre Plínio, por Chico Whitaker

Minha caminhada com o mestre Plínio, por Chico Whitaker

No dia em que o Brasil perdeu a Copa, ele também havia perdido, na madrugada, uma das suas maiores figuras públicas. O que nos mostra o quanto o futebol, no fundo, tem importância bem relativa. Morria na noite de 8 para 9 de julho Plínio de Arruda Sampaio, certamente um dos mais íntegros, honrados e justos políticos que o país já teve. De uma inteligência fenomenal. Deputado cassado pelos militares, depois constituinte, candidato a governador pelo PT, candidato do PSOL à presidência, eterno batalhador pela reforma agrária, Plínio lutou toda a vida pela causa dos injustiçados deste país, e sempre manteve coerência entre discurso e prática política. Foi com ele e por ele que me iniciei na política, ainda no começo dos anos 80. Aos que achavam que ele, no fim da vida, deu uma guinada à esquerda, desconfio ser mais justo dizer que o Plínio sempre se manteve onde esteve, o resto é que foi cada vez mais para a direita. Para mim, o Plínio sempre foi "tio Plínio", pela amizade fraterna de mais de 60 anos que tinha com meu pai, e que unia e une para sempre nossas famílias. Por isso, nada mais justo, para homenageá-lo neste blog, do que dar a palavra ao meu pai, Chico Whitaker, que escreveu um belo relato sobre o querido Plínio. Um texto que também se constitui em um retrato histórico de um rico e recente período da nossa história, que o Plínio ajudou a construir.

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