O “problema” do Centro de São Paulo não está nas ocupações de prédios vazios. Mas nos prédios vazios em si.

O “problema” do Centro de São Paulo não está nas ocupações de prédios vazios. Mas nos prédios vazios em si.

por Ana Gabriela Akaishi

Na gestão Fernando Haddad, São Paulo foi a única cidade do Brasil a criar um Departamento de Controle da Função Social da Propriedade, para fiscalizar imóveis ociosos no centro. Foram notificados cerca de dois milimóveis. Na atual gestão, quase nenhum, e o departamento foi drasticamente desprestigiado. Publico texto de Ana Gabriela Akaishi, que trabalhou lá, e hoje é Doutoranda na FAUUSP e pesquisadora do LabHab. Mais uma a fazer balbúrdia na universidade. Traz informações pouco conhecidas sobre o perfil das propriedades abandonadas no centro de SP.

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Ocupação não é problema, é solução (ou deveria ser)

Ocupação não é problema, é solução (ou deveria ser)

O desabamento do prédio da Paiçandu abriu a temporada de caça às bruxas....ou melhor, aos movimentos de moradia. Criminalizados, confundidos com bandidos, são vítimas de um fenômeno típico da sociedade de elite: a culpa é jogada nos pobres, desviando-se dos verdadeiros responsáveis. Não custa repetir: o que é irregular não são os moradores que ocupam prédios vazios por não ter onde morar. São os prédios, que pela lei do Estatuto da Cidade, não deveriam estar vazios. Políticas públicas podem ser tranquilamente capazes de enfrentar essa questão e fazer dos prédios ocupados uma solução para a cidade.

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A culpa é de muita gente, só não é das vítimas

A culpa é de muita gente, só não é das vítimas

Há duas ou três causas sobre as quais pode-se jogar a culpa pela para tragédias como o incêndio ocorrido no centro de São Paulo, que provocou o desmoronamento do Edifício Wilton Paes de Almeida, com a morte de pessoas (ainda não se tem certeza de quantas, infelizmente). Nenhuma delas envolve os habitantes do prédio, embora a grande mídia insista em, sempre, apontar com destaque a "irregularidade" dos que promoveram a ocupação.

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Incêndio e ruína: é de um edifício que estamos falando?

Incêndio e ruína: é de um edifício que estamos falando?

POR CAIO SANTO AMORE

As trabalhadoras e trabalhadores paulistanos amanheceram com uma tragédia nesse 1º de maio de 2018. O edifício conhecido como Wilton Paes de Almeida, de propriedade federal, localizado no Largo do Paissandu, centro de São Paulo, que estava abandonado há vários anos e vinha sendo ocupado por famílias organizadas pelo MLSM (Movimento de Luta dos Sem Moradia) pegou fogo e ruiu durante a madrugada.

Foto Javam Ferreira Alves

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O que há por trás da ação higienista na "Cracolândia"?

O que há por trás da ação higienista na "Cracolândia"?

Terminada a operação de higiene social na Cracolândia, com todo o autoritarismo e a violência que caracterizam o Prefeito e o Governador de São Paulo, percebe-se que há algo mais em jogo do que "apenas" uma operação midiática para supostamente acabar com o fluxo de drogas que ocorria naquela área. Uma operação imobiliária mal disfarçada está latente à espera que o Estado termine o "serviço" de limpeza da área.

 

Foto: site Jaime Lerner

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De braços (e mentes) fechados

De braços (e mentes) fechados

Triste domingo de chuva o desta Virada Cultural de 2017 em São Paulo. Não bastasse o fiasco do evento cultural – sejamos justos, a chuva não ajudou – deslocado para fora do centro, mas sem conseguir levar quase ninguém para o distante Anhembi ou para a Chácara do Jóquei, a tristeza que se abateu sobre a cidade deu-se por contatarmos que um evento que deveria ser o da celebração da vida, da cultura e da cidade democrática, transformou-se em uma cortina de fumaça para uma ação truculenta e fascistoide de higiene social: o desmanche violento do Programa Braços Abertos, na Cracolândia. O mais triste, porém, talvez seja ver a indiferença dos paulistanos que, afinal, votaram em grande parte nesse prefeito, com o que ocorreu ali.

Foto: Alice Vergueiro

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