A aristocracia refém de si mesma

A aristocracia refém de si mesma

Temos que entender que o DNA antidemocrático não é uma exclusividade de um louco que deixou o país à deriva e à morte em nome de sues projetinhos pessoais tacanhos, e que clama por um golpe desde que existe. O DNA está em quem deixa ele agir impunemente porque, do alto das instituições democráticas que deviam servir, não tomam as atitudes que se impõem.

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O que há por trás da “revisão” do Plano Diretor de São Paulo

O que há por trás da “revisão” do Plano Diretor de São Paulo

Foto: Isack Ryuji Minowa _ Wikimedia Commons

Por João Sette Whitaker Ferreira e André Kwak

Estamos caminhando para a barbárie. São retrocessos em todos os campos: desemprego, desesperança, volta da miséria, tudo isso aprofundado por uma pandemia que, como era de se esperar, afeta drasticamente os mais pobres. E esse cenário se materializa nas cidades, palco da nossa tragédia social: pessoas sem-teto expostas à morte pelo frio, pessoas com tetos precários expostas à impossibilidade do isolamento, pessoas com trabalhos precários ou obrigadas a trabalhar expostas à transmissão da Covid, pessoas vítimas do preconceito de cor, de gênero, expostas à violência cotidiana, às balas perdidas que têm na verdade destino certo: os mais pobres, os negros, que vivem no ambiente indigno das favelas, resultantes de séculos de uma urbanização cuja característica funcional é a segregação. Não há nada, no cenário urbano brasileiro, que permita esperanças, exceto, evidentemente, para aqueles que têm o privilégio de viver nos territórios de riqueza das nossas cidades.

Mas, frente a tal cenário, a Prefeitura de SP propõe uma “revisão” do Plano Diretor de 2014 que mal escamoteia os interesses reais que a movem: a busca incessante pelo lucro.

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Aos jovens de hoje, sobre os jovens de ontem e a “comemoração” do Braga Netto

Aos jovens de hoje, sobre os jovens de ontem e a “comemoração” do Braga Netto

Neste dia 31 de março, o novo ministro da defesa de Bolsonaro, o General Braga Netto, soltou uma nota oficial “comemorando” o golpe de 64. Frente a uma certa apatia das gerações mais jovens em relação à nota ), achei que deveria me somar aos que, cada um à sua maneira, tentam alertar essa juventude sobre a gravidade desses fatos, e o escândalo que significa um Ministro da Defesa, militar da ativa, fazer a apologia ao regime ditatorial.

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O drama das cidades e as eleições fantasmas

O drama das cidades e as eleições fantasmas

(Foto do autor)

Publicado originalmente no site parceiro (não deixem de visitar) Outras Palavras

link para o artigo lá: https://outraspalavras.net/cidadesemtranse/o-drama-das-cidades-e-as-eleicoes-fantasmas/

É nos espaços urbanos que explodem as desigualdades brasileiras; e foi lá que começou, nos anos 1970, um esforço para rever o país. Mas, agora o debate é ralo: perde-se a oportunidade de questionar as estruturas do bolsonarismo. Por que?

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Nem 100 mil mortos mudarão o apartheid urbano brasileiro?

Nem 100 mil mortos mudarão o apartheid urbano brasileiro?

A marca da urbanização brasileira é a invisibilidade da pobreza. Nossa sociedade é de tal forma segregadora que ao produzir cidades cindidas entre poucos ricos e muitos pobres, torna estes últimos invisíveis aos primeiros. Será que cem mil mortos, que é para onde rumamos, não serão suficientes para promover a radical mudança que, como está hoje escancarado, nossa sociedade doente tanto precisa? Minha esperança é que sejam os jovens, o mais rapidamente possível, a dar um chega pra lá nos que, do alto do seu poder, insistem em manter o país na barbárie.

Foto: Rua Sta. Efigênia, SP. Foto do autor

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